segunda-feira, 23 de agosto de 2010

CRACK

DEFINIÇÃO
É extraída da lavagem dos sais de cocaína, deixando pedras conhecidas como freebase, a mais perigosa forma de coca. Tendo em vista que é pouco solúvel em água, seu uso é feito através da volatilização, quando aquecida, sendo portanto fumada em cachimbos.
FASES DO CRACK
O crack em estado gasoso chega imediatamente aos alvéolos pulmonares (próximo da circulação sangüínea). A absorção pulmonar é 200 vezes maior e mais perigosa que a absorção via nasal (inalada). Via alvéolos, o crack entra na circulação e começa a atuar nos órgãos mais irrigados do corpo, especialmente o cérebro. Uma vez no sistema nervoso central, age diretamente nos neurônios. São eles que, diante de uma mensagem elétrica, liberam os neurotransmissores químicos que atravessam os hiatos ou sinapses entre os nervos, mandando a mensagem para frente. O crack bloqueia a recaptura do neurotransmissor dopamina (de efeito estimulante). Essa substância fica mais tempo na região de comunicação entre dois neurônios e estimula o outro neurônio da rede. Resultado: hiperestimulação da atividade motora, sensação de bem-estar, euforia. Conseqüência: aumento da pressão arterial e da freqüência dos batimentos cardíacos, risco de enfarte e derrame cerebral. Em overdoses, os efeitos podem se prolongar levando ao coma. Nesses casos, há possibilidades de lesão dos neurônios. O crack é metabolizado no fígado. Os produtos da metabolização são eliminados pelos rins através da urina.
OBSERVAÇÕES GERAIS
A cocaína (crack) chega ao cérebro em apenas 15 segundos. O ápice de ação é alcançado em 30 segundos. Os efeitos de onipotência, euforia e sensação de bem-estar duram em média 5 minutos. Em seguida, ocorre um declínio no ápice desta sensação e a tendência é a depressão, a fadiga e o mal-estar. Normalmente, os dependentes químicos do crack ficam horas seguidas em buscas de novos ápices. São surpreendentes e imensuráveis os danos físicos, mentais e sociais ocasionados pelo crack. As alucinações cocaínicas são terríveis. Com o uso constante, o dependente químico pode ouvir zumbidos de inseto, queixar-se de desagradável cheiro de carrapato, sentir pequenos animais imaginários, como vermes e piolhos, rastejando-se embaixo da sua pele e coceiras e comichões que quase o levam à loucura. Nos casos agudos de intoxicações, pode haver perfuração do septo nasal, quando a droga é aspirada ou friccionada nas narinas, e perda da dentição quando friccionada na gengiva.
EFEITOS DA ABSTINÊNCIA
As manifestações físicas provocadas pela falta do crack são náuseas, vômitos, pupilas dilatadas, sensibilidade à luz, elevação da pressão sangüínea e da temperatura, dores em todo o corpo, insônia, crises de choro, tremores e diarréia. A dependência física é tão grande que o corpo passa a necessitar da droga para o seu funcionamento celular normal.
Na síndrome de abstinência aguda (SAA) os sintomas físicos, psicológicos e sociais provocados pela falta da droga ocorre entre 3 e 10 dias após a última utilização da droga, enquanto a Síndrome de abstinência demorada (SAD) registra sintomas baseados na sobriedade, ocorrendo meses ou anos após o uso.
São eles: Mente confusa, problemas de coordenação motora, problema de memória, reação emocional exagerada ou apatia e distúrbio do sono ou alteração.
A SAD é mais ou menos severa de acordo com a disfunção cerebral e da quantidade de stress experimentado. Algumas pesquisas mostram que os seus sintomas estão ligados aos danos causados ao cérebro, devido ao abuso de drogas e, em muitos casos, podem causar a recaída.

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