domingo, 7 de novembro de 2010

INFORMAÇÃO SOBRE TEMPO DE VIDA DAS SUBSTÂNCIAS

SUBSTÂNCIA    

URINA
CABELO
SANGUE


Álcool
3-5 dias
Até 90 dias
12 horas


Anfetamina (exceto metanfetamina)
1 a 3 dias
Até 90 dias
12 horas


Metanfetamina
3 a 5 dias
Até 90 dias
1 a 3 dias


MDMA (Ecstasy)
4 dias
Até 90 dias
25 horas
Barbitúricos (exceto Fenobarbital)
2 a 3 dias
Até 90 dias
1 a 2 dias


Fenobarbital
2 a 3 semanas
Até 90 dias
4 a 7 dias


Benzodiazepínicos
Uso terapêutico: 3 dias.
Uso crônico (mais de 1 ano):4 a 6 semanas
Até 90 dias
6 a 48 horas


Cannabis
Uso diário: 7 a 30 dias
Uso em um episódio: 1 a 6 dias
Até 90 dias
Até 2 semanas com uso freqüente


Cocaína
2 a 4 dias
Até 90 dias
24 horas

Codeína
1 dia
Até 90 dias
12 horas

Cotinina
2 a 4 dias
Até 90 dias
2 a 4 dias

Morfina
2 dias
Até 90 dias
6 horas

Heroína
3 a 4 dias
Até 90 dias
6 horas

LSD
24 a 72 horas
Até 3 dias
3 horas

Metadona
3 dias
Até 90 dias
24 horas

MACONHA - DANOS CEREBRAIS

Os danos cerebrais do uso da maconha

Danos no cérebro são expressivos também para usuário leve de maconha, diz estudo
Você já deve ter ouvido algum defensor da maconha dizer que fumar um ou dois baseados por dia não faz mal a ninguém. Porém, um estudo realizado na Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) mostra que mesmo usuários leves da droga podem ter danos em funções do cérebro, especialmente se tiverem começado a fumar cedo. E o pior: os prejuízos permanecem mesmo depois que a pessoa abandona o hábito.

A pesquisa avaliou 173 usuários crônicos de maconha e comparou com um grupo de 55 não usuários como controle. Dos consumidores de maconha, 49 tinham iniciado precocemente (antes dos 15 anos). A idade dos participantes variou entre 18 e 55 anos e o grupo fumava, em média, 1,8 baseado por dia.

O objetivo foi avaliar os danos gerados pela maconha na chamada "função executiva" do cérebro, aquela que permite processar e organizar novas informações que necessitam de planejamento, iniciativa, memória operacional, atenção sustentada, inibição dos impulsos, fluência verbal e pensamento abstrato. Para avaliar os efeitos da droga, foi aplicada uma série de testes cognitivos. Um deles, por exemplo, envolvia citar palavras começadas em "s" em um minuto.
Quanto mais cedo, pior

Segundo a autora da pesquisa, a neuropsicóloga Maria Alice Fontes, os prejuízos no grupo que consumia maconha foram expressivos em relação ao controle. E ficou claro que os danos são ainda maiores entre os usuários que começaram a fumar precocemente. "O processo de maturação do cérebro vai até os 18, 19 anos, por isso começar antes dos 15 é muito prejudicial", explica.

Outro fato constatado pelo estudo é que os déficits produzidos pela maconha são acumulativos e permanentes – os participantes do estudo também foram avaliados após um período de abstinência. Segundo a pesquisadora, o próprio prejuízo da droga sobre o controle do impulso faz com que os usuários acabem sofrendo recaídas ao tentar abandonar o hábito.

Fontes explica que todas as pessoas possuem um sistema endocanabinoide, ou seja, produzem uma espécie de "maconha" natural do organismo, chamada anandamida. Ao consumir a droga, esses receptores são preenchidos, o que causa uma espécie de conflito nas células. Com o tempo de uso, esse desequilíbrio torna-se permanente e o corpo deixa de produzir seu próprio canabinoide.

A pesquisa, apresentada como tese de doutorado pelo Laboratório de Neurociências Clínicas da Unifesp, deve ser publicada na revista "British Medical Journal", segundo a autora. E o próximo passo da equipe do laboratório será realizar um estudo com neuroimagem para avaliar a ação da maconha.

sábado, 2 de outubro de 2010

SÍNDROME DE ABSTINÊNCIA TARDIA OU DEMORADA (SAD)

Quadros clínicos conhecidos como Síndrome de Abstinência Protraída ou Tardia são freqüentemente encontrados entre alguns dependentes de substâncias psicoativas, como opióides, álcool, benzodiazepínicos, cocaína.
Na Síndrome de Abstinência Protraída de Cocaína, sintomas caracterizados por *anedonia, humor deprimido, ansiedade e principalmente fissura são muito amiúde reportados. 

Esses sintomas estão significativamente associados com as recaídas.

De fato, as contínuas modificações do metabolismo em diferentes regiões do cérebro, durante o período de abstinência de cocaína, podem ser responsáveis por diferentes sintomas físicos e psicológicos. Realmente, durante a abstinência da cocaína, crack, alterações da atividade metabólica no córtex pré-frontal, particularmente no hemisfério cerebral esquerdo, acompanhadas por alterações do fluxo sanguíneo cerebral, têm sido observadas, o que perdura por cerca de 3 a 6 meses, ou às vezes, mais tempo.

Apesar dos sintomas de abstinência protraída consistirem em um fato amplamente verificado em amostras de dependentes de cocaína; existem outros sintomas que podem estar relacionados a outros problemas físicos e/ou psiquiátricos. 

Além disso, o consumo dessa substância pode provocar/induzir transtornos em vários sistemas orgânicos. 

*Anedonia: 1 incapacidade de ter prazer ou divertir-se; 2 forma especial de rigidez afetiva em conseqüência de experiências traumáticas de vida.

Oito passos para cessar o sofrimento.

“A felicidade não é algo ligado ao ter, mas ao fazer. Ela não é um humor ou estado de ânimo, por mais exaltados e duradouros que sejam, mas o resultado de uma vida bem conduzida, ou seja, das escolhas e valores que definem o nosso percurso. A felicidade, em suma, jamais será um estado final que se possa adquirir e dele tomar posse de uma vez por todas. Ela é uma atividade - algo que se cultiva e constrói, algo que, por alguns momentos, se conquista e se desfruta, que é fonte de contentamento, mas que está sempre a exigir de nós empenho e amor, sempre recomeçando outra vez”. Eduardo Giannetti da Fonseca (filósofo)
Continuando o texto anterior Filosofia budista ensina e ajuda a lidar com o sofrimento (clique aqui para ler), vamos contemplar os ensinamentos sobre o Óctuplo Caminho que conduz à Cessação do Sofrimento e Tristeza.

O primeiro passo é o Entendimento correto, também chamado de Fé correta.

É compreender ensinamentos como a Lei de Causa e Efeito: colhemos o que plantamos em pensamentos, palavras e ações.

Precisamos entender que o objetivo da vida é progredir, se aperfeiçoar progressivamente pela reta conduta, através de muitas vidas.(ou se não acredita em outras vidas, aprender com suas ações passadas nesta própria vida).

Entender que existe uma Lei de Justiça sob a qual todas as coisas atuam.

Se a pessoa vive na ilusão que pode fazer tudo quanto lhe agrade e, que nunca recairão nela as consequências de seus atos, um dia perceberá que alguns atos errôneos lhe trarão infelicidade e sofrimento.

A Fé correta refere-se à sabedoria e compreensão das Quatro Nobres Verdades.

Não é ter uma fé cega, e sim uma fé alicerçada nos estudos das escrituras e na própria vivência.

A fé, segundo essa psicologia budista, é o primeiro entre os Onze Fatores Mentais Virtuosos que são:

1. Fé
2. Sentido do que é correto
3. Consideração pelos outros
4. Desapego
5. Não raiva
6. Não confusão
7. Perseverança entusiástica
8. Flexibilidade
9. Retidão mental
10. Não violência
11. Equanimidade

São atitudes que nos levam a manter a mente num estado positivo e a evoluir espiritualmente.

Existem momentos que nossa fé é testada. Momentos de dor, de perdas, de incerteza, de dúvidas que diminuem nossa fé. Nossa energia vital diminui, não conseguimos praticar meditação ou ter pensamentos positivos de autocura.

Porém, esses são momentos certos para continuarmos nossas práticas espirituais mesmo sem colher resultados imediatos. Ter fé é confiar que estamos criando causas positivas cultivando virtudes e que, portanto, teremos um resultado positivo. É preciso fortalecer essa fé que desperta o desejo de praticar e o autoesforço que nos ajudará a vencer.

Precisamos aprender com o sofrimento, desenvolvendo força interior, humildade e paciência.

Segundo passo: Pensamento correto também chamado de Intenção correta.

Pensar no bem e não no mal. Reservar em nossa mente pensamentos bons, compassivos e positivos. Não preencher a mente apenas de pensamentos egoístas, fúteis e de nossas atividades diárias.

Desenvolver autodomínio sobre a mente, ter discernimento e se libertar das dúvidas.

Procurar ver o bem nas outras pessoas, sem fixar em seus defeitos. Se fixarmos a atenção apenas nos defeitos, intensificamos suas más qualidades. E, se procuramos descobrir pelo menos uma boa qualidade, intensificamos o aspecto harmonioso que elas possuem.

Terceiro Passo: A fala correta. Ela surge dos pensamentos corretos.

Desenvolver a disciplina na fala, usando palavras positivas, falando de coisas boas, evitando falar das faltas das outras pessoas. Não mentir, não caluniar, não fazer fofocas.

Compreender que mesmo que seja verdade algo de ruim que nos contaram sobre alguém, não estaremos ajudando em nada divulgando isso. O melhor é nos calar. E, como disse o espírito de Emanuel: “Se não puder elogiar, cale-se”.

Entender e praticar esse sábio ensinamento: Falar dos outros como queremos que eles falem de nós. Usar nossa fala para criar harmonia e ajudar.

Às vezes, quando uma pessoa está nervosa e sofrendo, ela usa a fala como arma de defesa. Sua agressividade aumenta e diz palavras ásperas que magoam o outro. Na verdade, ela está pedindo ajuda, mas agindo assim ela se torna destrutiva, cria conflitos e desarmonia.

Já passei por essa experiência. Certo dia, uma pessoa muito amiga, falou comigo de maneira áspera, me depreciando. Imediatamente compreendi que ela não estava bem. E, lhe perguntei: “Você está bem? Está sofrendo?” E, logo ela se desarmou, desabafou dizendo que estava sentindo muita dor física e ansiedade.

Assim, em vez de ficar magoada, sofrendo com meu ego, eu transcendi e procurei ajudá-la, buscando uma solução e lhe apoiando.

Mas alcançar esse entendimento e transcender o ego é uma conquista de anos e anos de prática de meditação, de autoconhecimento, de autoaperfeiçoamento. Não é apenas um conhecimento intelectual, mas algo que tenho buscado alcançar, me libertar do ego negativo com todas suas amarras e armadilhas como a raiva, mágoas, preocupação com que os outros falam ou pensam de mim.

Quarto passo: A ação correta - Surge do pensamento correto, da intenção correta.

Não matar, não roubar, não prejudicar os outros. Libertar-se do egoísmo, oferecer ajuda material, apoio, amor, compreensão e proteção. Ser honesto e verdadeiro.

É seguir o dharma, palavra em sânscrito que significa: o que nos sustenta e apoia. Dharma é o correto pensamento, a correta palavra e a correta ação.

É seguir a lei máxima do dharma: “Faça aos outros o que gostaria que fizessem para você”.

Quinto passo: O modo de vida correto - Ter uma profissão que não prejudique a ninguém e cumprir essa profissão com lealdade e honestidade, agindo da melhor maneira possível.

Expressar em nossos hábitos cotidianos nossa consciência de respeito pelo outro e pelo meio ambiente, buscando uma melhor qualidade de vida para todos.

Sexto passo: O esforço correto - É desenvolver a positiva prática do bem. Como disse o Senhor Buda: “Cessai de praticar o mal. E a seguir, ele acrescentou:” Aprendei a praticar o bem”.

Não basta ter boas intenções precisamos concretizá-las em ação. Ter esforço constante para criar benefícios e evitar o que traz prejuízos.

Se não temos condições de ajudar, pelo menos vamos nos abster de ações que causem danos para nós ou para os outros.

É bom cuidar do que falamos e fazemos em nossa família e em nosso trabalho, pois, muitas vezes, nosso exemplo é imitado pelos filhos, parentes e funcionários.

Desenvolver perseverança para concretizar nossos ideais e metas. Como disse o mestre Lama Gangchen:” Para fazermos coisas negativas não temos preguiça, mas para realizarmos as positivas precisamos de muita força de vontade.”

Precisamos ter discernimento para reservar nossas energias físicas e mentais para nosso trabalho diário sem nos desgastar sem necessidade.

Cuidar da saúde, praticando hatha yoga, alongamentos, fazer caminhadas ou outra atividade física. Alimentar-se com discernimento e sabedoria, evitando apenas comer por prazer, mas buscando o prazer benéfico que traz saúde e bem-estar. Leia o texto Você cuida de seu corpo da mesma forma que cuida de sua casa?

7. A concentração correta - Ficar focados em nossos princípios, resoluções e propósitos.

Ter vigilância sobre nossa mente e observar quando temos emoções negativas. Em vez de nos apegarmos ou identificarmos com os pensamentos, perceber que são transitórios e deixá-los ir embora, sem reagir a eles.

Compreender que só podemos sentir o que pensamos e que temos escolhas. Podemos pensar de maneira positiva o que desejamos para nós. Parar de pensar o que não queremos para nós. Não criar pensamentos negativos para o futuro e assim, evitar sofrer inutilmente.

Em momentos de crise, compreender a impermanência da própria crise. Tudo passa. Tudo é impermanente.

Ter concentração é estar presente na ação, no momento presente. É agir de maneira relaxada e, ao mesmo tempo, com atenção. Sem tensão e eficiência.

8. A meditação correta - Priorizar momentos diários para meditar, para manter a mente calma e concentrada, sem tensões, sem ansiedade.

Com a disciplina regular da meditação, permitimos a manifestação da sabedoria a partir da qual surgem os pensamentos e ações corretas - clique aqui para aprender a meditar.

Com a prática da meditação, purificamos a mente de seus hábitos negativos. Vamos conseguindo dissolver medos, inquietude, insônia, depressão. Aprendemos que ser feliz é saber não sofrer desnecessariamente.

Contemple sobre essas palavras do filósofo Eduardo Giannetti da Fonseca, em seu livro Felicidade: “A felicidade não é algo ligado ao ter, mas ao fazer. Ela não é um humor ou estado de ânimo, por mais exaltados e duradouros que sejam, mas o resultado de uma vida bem conduzida, ou seja, das escolhas e valores que definem o nosso percurso. A felicidade, em suma, jamais será um estado final que se possa adquirir e dele tomar posse de uma vez por todas. Ela é uma atividade - algo que se cultiva e constrói, algo que, por alguns momentos, se conquista e se desfruta, que é fonte de contentamento, mas que está sempre a exigir de nós empenho e amor, sempre recomeçando outra vez”.

É importante não buscar a felicidade somente nas condições externas, nos prazeres físicos e estados emocionais. Mas vivenciar estados positivos, pacíficos, de apaziguamento que vem de nosso espaço interno. Voltar-se para dentro para sentir a paz do Ser interior, de onde emana leveza, confiança e bem-estar.

Namaste! Deus em mim saúda Deus em você! Fique em paz!

TERAPIA COGNITIVA COMPORTAMENTAL, O QUE É ISSO?

Jeffrey Young,criador da TCC, desenvolveu um tipo de terapia dentro do modelo cognitivo-comportamental, para pessoas com transtornos de personalidade (ex. borderline, narcisista, antissocial, obsessivo-compulsivo, etc,esse tipo de transtorno possuem traços de personalidade muito inflexíveis e mal ajustados à sociedade; possuem pouca aderência e motivação para terapia.

Para Young, nessa terapia é “fundamental encontrar os motivos das dificuldades hoje sentidas pelo cliente, avaliar todos os esquemas e paradigmas criados na sua mente e analisar o que foi por ele construído, para que esses esquemas pudessem ganhar força e forma”. Após esse levantamento, passa-se a intervenção mais consistentemente.

Um dos pontos de intervenção que diferem em grande nível da TCC tradicional, é a busca desenvolvimento dessa terapia, da conexão do paciente com suas emoções ou conteúdos emocionais “adormecidos”. Young postula que desviar a atenção ou evitar as experiências de vida que possam trazer ou repercutir em emoções negativas, impede que a pessoa combata a validade das suas crenças, fazendo com que os esquemas mentais e emocionais não sejam trazidos à superfície e, deste modo, não recebam tratamento.

Muitas vezes, é dessa maneira que as psicopatologias são construídas, ou seja, através desses círculos viciosos. Young também coloca uma importante ênfase no relacionamento terapêutico, tornando esse parte fundamental da mudança no processo. Em uma entrevista, Young disse: “Eu acredito que a forma de mudar os esquemas é trabalhando diretamente com a relação terapêutica, através de uma experiência emocional corretiva, o que significa que o terapeuta vai criar uma nova experiência para o cliente na relação terapêutica e que isso vai mudar a forma como o paciente se relaciona com as pessoas em geral. Assim, quando os pacientes saem da terapia, eles se relacionam melhor com as pessoas. (...)
A terapia é um instrumento para dar ao paciente novas experiências que combatam os seus esquemas iniciais. Se você tem um esquema de que as pessoas vão mentir para você, trair você, e você tem uma relação terapêutica em que o terapeuta lhe diz diretamente o que ele sente, é honesto com você, você tem uma nova experiência agora, e isso muda seu esquema.”

Desse modo, o terapeuta não só interpreta, analisa ou explica as necessidades do paciente, mas também as supre. Isso é o que ele denomina de “reparentamento limitado”, ou seja, o psicoterapeuta supre as necessidades do paciente, não atendidas na infância, dentro dos limites da terapia. Essa nova possibilidade de relacionamento faz com que o paciente sinta as coisas de uma maneira diferente, o que permite que a mudança seja mais profunda do que se ele refletisse ou examinasse esse conteúdo.

A Terapia do Esquema tem uma trajetória longa e árdua e, envolve a mudança comportamental, à medida que os pacientes aprendem a substituir estilos de enfrentamento desadaptativos por padrões comportamentais adaptativos. No entanto, os esquemas nunca desaparecem por completo, apenas ativam-se com menor frequência e o sentimento associado não é tão intenso. Os pacientes têm então uma visão mais positiva de si mesmos, escolhem relacionamentos mais amorosos e respondem à ativação de seus esquemas de forma mais saudável através da consciência psicológica dos mesmos.

QUANDO INTERNAR UM DEPENDENTE QUÍMICO?

Quando internar?

No entanto, a internação de alguns pacientes em clínicas especializadas pode ser necessária em várias situações, tais como:

a) Risco de suicídio ou homicídio;

b) Falha completa na manutenção de abstinência durante o tratamento ambulatorial;

c) Graves complicações aos diversos sistemas orgânicos (cardíaco, sistema nervoso central, etc.);

d) Síndromes de abstinência complicadas;

e) Estados psicóticos graves;

f) Falha completa de suporte social, com conseqüente exposição social;

g) “Overdoses” acidentais ou suicidas;

h) Pacientes que necessitam de um ambiente muito estruturado para modificar o estilo de vida.

QUANDO INTERNAR UM DEPENDENTE QUÍMICO?

Quando internar?

No entanto, a internação de alguns pacientes em clínicas especializadas pode ser necessária em várias situações, tais como:

a) Risco de suicídio ou homicídio;

b) Falha completa na manutenção de abstinência durante o tratamento ambulatorial;

c) Graves complicações aos diversos sistemas orgânicos (cardíaco, sistema nervoso central, etc.);

d) Síndromes de abstinência complicadas;

e) Estados psicóticos graves;

f) Falha completa de suporte social, com conseqüente exposição social;

g) “Overdoses” acidentais ou suicidas;

h) Pacientes que necessitam de um ambiente muito estruturado para modificar o estilo de vida.

CODEPENDÊNCIA, COMO LIDAR COM O DEPENDENTE QUÍMICO?

17 procedimentos para o familiar lidar com o dependente químico

1) Você não é responsável pela dependência do seu familiar. Você não a causou, você não pode controlá-la e você não pode curá-la sozinho;

2) Apesar de você não ser o responsável pela dependência do seu familiar, você é responsável pelo seu próprio comportamento. Você tem a escolha de ajudar o seu familiar a evitar o consumo de substâncias, através do adequado estabelecimento de limites, acolhimento, orientações e tratamento;

3) A dependência do seu familiar não é um sinal de fraqueza da sua família. Infelizmente, isso pode ocorrer em qualquer família, como quaisquer outras doenças;

4) Não ameace, acuse, moralize os erros passados do seu familiar dependente. Isso apenas tornará você o foco da raiva e frustrações do seu familiar dependente; além disso, não ajudará o mesmo a modificar o seu comportamento;

5) No entanto, não mascare, desculpe ou proteja o dependente das conseqüências naturais do seu comportamento. Fazendo isso, você se torna “cúmplice” na perpetuação dos comportamentos irresponsáveis ou inadequados do adicto;

6) Não tente encontrar fatos no passado do dependente, como traumas infantis, estresse no trabalho, problemas conjugais, para justificar o problema com as drogas. Isso somente promoverá a chancela ao indivíduo dependente para a manutenção do uso das substâncias;

7) Não faça “jogos de culpa” para o indivíduo dependente. Por exemplo, dizer que “se você realmente gostasse de mim, você pararia de usar drogas” realmente não funciona. Culpa não funciona;

8) Não use ameaças como forma de manipulação. Você pode e DEVE estabelecer limites, mas primeiro pense cuidadosamente e, então, esteja preparado para ir adiante. Se você não sabe o que dizer, é melhor não dizer nada;

9) Não permita que o individuo dependente “explore” você financeiramente ou de qualquer outro modo. Respeite-se;

10) Não ignore formas de manipulação realizadas pelo adicto. Não estabeleça conluio com o indivíduo dependente para manter segredos sobre o consumo de drogas. Isso apenas aumentará a evasão de responsabilidade por parte do adicto;

11) Não se esqueça de procurar e manter o seu próprio tratamento. A co-dependência pode ser, às vezes, devastadora;

12) Não tente proteger o indivíduo dependente de problemas comuns da família;

13) Não promova uma “guerra”, se sinais de recaída estiverem presentes. Também não mantenha silêncio sobre eles. Apenas traga-os à vista calmamente e diretamente, sem acusações;

14) Não espere que o indivíduo dependente em recuperação seja “legal” o tempo todo. Às vezes, ele pode ficar irritado, triste, ou de mau humor, sem que isso esteja relacionado ao uso de drogas;

15) Além do problema relacionado ao uso de drogas pelo familiar dependente, você tem outros problemas para solucionar. Não os deixe de lado;

16) Não se iluda pensando que o individuo dependente está “curado” e nunca mais usará substâncias. A Síndrome de Dependência é uma doença crônica que requer tratamento crônico;

17) Não deixe de focar-se em si mesmo. Utilize o seu sistema de apoio, terapeutas, outros familiares e amigos para possibilitar a sua recuperação enquanto co-dependente.

Recaídas após longas internações. O que fazer?

Recaídas após longas internações. O que fazer?
Resposta: Infelizmente, recaídas após períodos longos de internação ou mesmo depois de várias internações não são incomuns principalmente entre graves dependentes de substâncias psicoativas.

A Síndrome de Dependência de Substâncias, como cocaína/crack, é uma doença crônica e necessita de tratamento e monitoramento contínuos. Mesmo depois de internações, até aquelas por longos períodos, o indivíduo dependente não deve deixar de tratar-se ou mesmo de procurar atendimento especializado, bem como seus familiares.

A internação de forma alguma torna o indivíduo “curado” da síndrome de dependência; a internação é mais uma das formas de tratamento médico para essa grave doença.
Por que internação às vezes não resolve

Muitas vezes, além da Síndrome de Dependência, o indivíduo também é portador de outros transtornos psiquiátricos que também precisam ser adequadamente diagnosticados e tratados. A esta combinação de Síndrome de Dependência e outros transtornos psiquiátricos, dá-se o nome de co-morbidade. Se os outros possíveis problemas não forem corretamente diagnosticados e manejados (quando existem de fato), o tratamento corre o risco de não ser eficiente e as recaídas mais freqüentes.

Além disso, alguns indivíduos dependentes de substâncias, quando recebem alta hospitalar, retornam para o mesmo ambiente, com os mesmos amigos de outrora, com o mesmo funcionamento familiar de antes. Isso é pedir para que as coisas não funcionem.

Às vezes, um indivíduo dependente afirma que continua a usar substâncias porque é, de fato, um “dependente químico”. Ele acaba não assumindo quaisquer responsabilidades por seu comportamento inadequado, atribuindo todo o seu comportamento à doença e à incompetência dos seus médicos ou terapeutas. O indivíduo dependente precisa assumir responsabilidade pelo seu próprio tratamento e comportamento.

Nas situações como as mencionadas na pergunta, o modelo de tratamento ofertado deve ser revisto pelos profissionais de saúde adequadamente especializados na matéria, os familiares devem estar intensamente inseridos em adequado manejo terapêutico, o paciente deve ser reavaliado, também quanto à real motivação em cessar o consumo dessas substâncias.

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

CRACK

DEFINIÇÃO
É extraída da lavagem dos sais de cocaína, deixando pedras conhecidas como freebase, a mais perigosa forma de coca. Tendo em vista que é pouco solúvel em água, seu uso é feito através da volatilização, quando aquecida, sendo portanto fumada em cachimbos.
FASES DO CRACK
O crack em estado gasoso chega imediatamente aos alvéolos pulmonares (próximo da circulação sangüínea). A absorção pulmonar é 200 vezes maior e mais perigosa que a absorção via nasal (inalada). Via alvéolos, o crack entra na circulação e começa a atuar nos órgãos mais irrigados do corpo, especialmente o cérebro. Uma vez no sistema nervoso central, age diretamente nos neurônios. São eles que, diante de uma mensagem elétrica, liberam os neurotransmissores químicos que atravessam os hiatos ou sinapses entre os nervos, mandando a mensagem para frente. O crack bloqueia a recaptura do neurotransmissor dopamina (de efeito estimulante). Essa substância fica mais tempo na região de comunicação entre dois neurônios e estimula o outro neurônio da rede. Resultado: hiperestimulação da atividade motora, sensação de bem-estar, euforia. Conseqüência: aumento da pressão arterial e da freqüência dos batimentos cardíacos, risco de enfarte e derrame cerebral. Em overdoses, os efeitos podem se prolongar levando ao coma. Nesses casos, há possibilidades de lesão dos neurônios. O crack é metabolizado no fígado. Os produtos da metabolização são eliminados pelos rins através da urina.
OBSERVAÇÕES GERAIS
A cocaína (crack) chega ao cérebro em apenas 15 segundos. O ápice de ação é alcançado em 30 segundos. Os efeitos de onipotência, euforia e sensação de bem-estar duram em média 5 minutos. Em seguida, ocorre um declínio no ápice desta sensação e a tendência é a depressão, a fadiga e o mal-estar. Normalmente, os dependentes químicos do crack ficam horas seguidas em buscas de novos ápices. São surpreendentes e imensuráveis os danos físicos, mentais e sociais ocasionados pelo crack. As alucinações cocaínicas são terríveis. Com o uso constante, o dependente químico pode ouvir zumbidos de inseto, queixar-se de desagradável cheiro de carrapato, sentir pequenos animais imaginários, como vermes e piolhos, rastejando-se embaixo da sua pele e coceiras e comichões que quase o levam à loucura. Nos casos agudos de intoxicações, pode haver perfuração do septo nasal, quando a droga é aspirada ou friccionada nas narinas, e perda da dentição quando friccionada na gengiva.
EFEITOS DA ABSTINÊNCIA
As manifestações físicas provocadas pela falta do crack são náuseas, vômitos, pupilas dilatadas, sensibilidade à luz, elevação da pressão sangüínea e da temperatura, dores em todo o corpo, insônia, crises de choro, tremores e diarréia. A dependência física é tão grande que o corpo passa a necessitar da droga para o seu funcionamento celular normal.
Na síndrome de abstinência aguda (SAA) os sintomas físicos, psicológicos e sociais provocados pela falta da droga ocorre entre 3 e 10 dias após a última utilização da droga, enquanto a Síndrome de abstinência demorada (SAD) registra sintomas baseados na sobriedade, ocorrendo meses ou anos após o uso.
São eles: Mente confusa, problemas de coordenação motora, problema de memória, reação emocional exagerada ou apatia e distúrbio do sono ou alteração.
A SAD é mais ou menos severa de acordo com a disfunção cerebral e da quantidade de stress experimentado. Algumas pesquisas mostram que os seus sintomas estão ligados aos danos causados ao cérebro, devido ao abuso de drogas e, em muitos casos, podem causar a recaída.

sábado, 7 de agosto de 2010

REALIDADE DO TRATAMENTO PARA DEP. QUÍMICA

O que é o tratamento para a Dependência Química?

Existem muitas drogas que produzem dependencia e o tratamento para drogas específicas, podem variar. Também dependem das características do paciente. Problemas associados com a dependência de um indivíduo podem variar significativamente. Pessoas dependentes em drogas se originam de todos os tipos de vida. Várias sofrem de problemas mentais, ocupacionais, saúde ou sociais que fazem com que suas desordens sejam muito mais difíceis de serem tratadas. Mesmo que haja poucos problemas associados, a gravidade varia muito entre as pessoas. Existe uma variedade de métodos de tratamento com base científica. O tratamento pode incluir terapia comportamental, tal como aconselhamento, terapia cognitiva ou psicoterapia, medicações ou combinação de todos. Terapias comportamentais oferecem às pessoas estratégias para lidarem com sua avidez por drogas, ensinar-lhes formas de evitar drogas e prevenir recorrências e auxiliam- na a lidar com recorrências caso ocorram. Quando o comportamento de uma pessoa envolvida em drogas a coloca em risco maior de contágio de AIDS ou outras doenças infecciosas, terapias comportamentais podem ajudar a reduzir o risco de transmissão de doença. A administração do caso e referência a outros, serviços médicos, psicólogos e sociais são fundamentais para o tratamento de vários pacientes. Os melhores programas fornecem uma combinação de terapias e outros serviços para suprir as necessidades do paciente, as quais são delineadas por itens tais como: idade, raça, cultura, orientação sexual, gênero, gravidez, pais, moradia e emprego, bem como abuso físico e sexual. Tratamento pode incluir Terapia Comportamental, medicamentos, ou uma combinação de todos eles. Medicamentos de tratamento, tais como, naltrexona estão disponíveis. Preparações de nicotina ( adesivos, gomas, spraynasal ), e bupropion estão disponíveis para indivíduos viciados em nicotina.

OS MELHORES PROGRAMAS DE TRATAMENTO PROPORCIONAM UMA COMBINAÇÃO DE TERAPIAS E OUTROS SERVIÇOS PARA SUPRIR AS NESSIDADES DO PACIENTE INDIVIDUALMENTE.
Medicamentos, tais como antidepressivos, estabilizadores de humor ou neurolépticos, podem ser fundamentais para o sucesso do tratamento quando os pacientes têm desordens mentais recorrentes, tais como depressão, ansiedade, desordem bipolar ou psicose.O tratamento pode ocorrer em vários locais, de várias formas diferentes e por diferentes períodos de tempo. Pelo fato de que a dependência é tipicamente uma desordem crônica caracterizada por recorrência ocasionais, um tratamento de custo prazo de uma vez geralmente não é suficiente. Para muitos o tratamento um processo a longo prazo que envolve várias intervenções e tentativas de abstinência.

Por quê os dependentes não conseguem abandonar as drogas por si próprios ?
Quase todos acreditam no começo que podem parar de usar drogas por si próprios. Mas a maioria dessas tentativas resulta em fracasso para atingir abstinência por longo prazo. Pesquisas mostram que o uso de droga por longo tempo resulta em mudanças significativas no funcionamento do cérebro que persistem por um longo período depois de o indivíduo ter parado de usar drogas. Essas mudanças induzidas podem acarretar em várias conseqüências comportamentais, incluindo a compulsão para uso de drogas apesar das conseqüências adversas característica definidora da dependência. Compreender que o uso tem tal componente biológico importante pode ajudar a explicar a dificuldade de um indivíduo para conseguir e manter a abstinência sem tratamento. Estresse psicológico do trabalho ou problemas familiares, pistas sociais, tais como ( encontros com indivíduos usuários de droga do passado ) ou a atmosfera ( encontros nas ruas, objetos ou mesmo cheiros associados ao uso de droga ), podem interagir com fatores biológicos e prejudicar a manutenção da abstinência e tornar recorrências mais prováveis. Pesquisas indicam que até o indivíduo mais seriamente comprometido podem participar ativamente do tratamento e que participação ativa é essencial para bons resultados.

Quão eficaz é o tratamento ?
Além de parar de usar droga a meta do tratamento é levar o indivíduo a um funcionamento produtivo na família, local de trabalho e comunidade. Medidas de eficácia geralmente incluem níveis de comportamento criminoso, relacionamento familiar, empregabilidade e condições médicas. No total, o tratamento é tão bem sucedido quanto de outras doenças crônicas, tais como diabetes, hipertensão e asma. De acordo com vários estudos, o tratamento de drogas reduz o uso de 40% a 60% e diminui significativamente atividades criminais durante e após o tratamento. Por exemplo, um estudo de tratamento comunitário terapêutico para usuários de drogas demonstram que prisões por atos violentos e criminosos foram reduzidos em 40% ou mais. Tratamento com metadona mostrou que diminui comportamento criminoso em torno de 50%. Pesquisas mostram que o tratamento da droga reduz o risco de infeção do HIV e que intervenções para prevenir contra o HIV são muito mais baratas que os tratamentos relacionados a doenças por contágio com HIV. O tratamento pode melhorar as perspectivas para emprego com ganhos de até 40% após tratamento. Apesar desses índices gerais de eficácia, resultados individuais de tratamento dependem da extensão e natureza dos problemas apresentados pelo paciente, da adequação dos componentes do tratamento e serviços e serviços relacionados utilizados para atacar os problemas e do grau de envolvimento ativo do paciente no processo do tratamento.

Quanto tempo o tratamento das drogas geralmente leva ?
Os indivíduos progridem através do tratamento em velocidades variadas, então não há duração pré- determinada. Mas pesquisas mostram inequivocamente que bons resultados são contigentes em durações adequadas. Geralmente para tratamento de paciente residente ou externo a participação por menos de 90 dias é de eficácia limitada ou nula, e os tratamentos que duram significativamente mais são indicados. Para manutenção de metadona, 12 meses de tratamento é o prazo mínimo, e alguns viciados em ópio continuarão a se beneficiar do tratamento com metadona por anos. Muitas pessoas que iniciam o tratamento param antes de receber todos os benefícios que o tratamento pode proporcionar. Resultados bem sucedidos podem requerer mais do que uma experiência de tratamento. Muitos dependentes têm vários episódios de tratamento, freqüentemente com impacto cumulativo.

O que ajuda as pessoas a permanecerem no tratamento ?
Uma vez que resultados bem sucedidos dependem da permanência suficiente da pessoa para receber todos os benefícios do tratamento, estratégias para manter um indivíduo no programa são essenciais. A permanência no tratamento depende de fatores associados tanto ao indivíduo quanto ao programa. Fatores individuais relacionados ao envolvimento e retenção incluem : motivação para mudar o comportamento de uso de drogas; grau de apoio da família e amigos e se há pressão para ficar em tratamento por parte do sistema criminal judiciário, serviços de proteção à criança, empregadores ou família. Dentro do programa, conselheiros bem sucedidos são capazes de estabelecer um relacionamento terapêutico positivo com o paciente. O conselheiro deve assegurar que um plano de tratamento seja estabelecido e seguido para que o indivíduo saiba o que esperar durante o tratamento. Serviços sociais, psiquiátricos e médicos devem estar disponíveis. Uma vez que problemas individuais ( tais como, problemas mentais sérios, uso intenso de cocaína ou crack e envolvimento criminal ) aumentam a probabilidade de um paciente desistir; tratamento intensivo com uma série de componentes pode ser requerido para reter pacientes que tenham esses problemas. O provedor então deve assegurar uma transição a um cuidado contínuo ou “ pós- cuidado “ seguindo a finalização do tratamento formal do paciente.

Qual papel pode o sistema judiciário criminal exercer no tratamento da dependência da droga ?
Mais e mais pesquisas têm demonstrado que tratamento para usuários de drogas durante e após encarceramento pode ter um efeito benéfico significativo sobre futuro uso da droga, comportamento criminoso e envolvimento social. O caso para integrar métodos de tratamento em drogas com o Sistema Judiciário Criminal é compungente. Combinar o tratamento com apoio da comunidade e prisão reduz o risco tanto de reincidência do comportamento criminoso relativo às drogas quanto ao uso. Por exemplo, um estudo recente descobriu que prisioneiros que participaram de um programa de tratamento terapêutico na Prisão Estadual de Delaware e continuaram a receber tratamento após a prisão tiveram 70% menos probalidade de retornar ao uso de drogas e incorrer em reaprisionamento do que os não participantes.
A maioria dos criminosos envolvidos com o Sistema Judiciário Criminal não está na prisão mas sob supervisão da comunidade. Para os que têm problemas conhecidos com drogas o tratamento pode ser recomendado ou determinado como uma condição de réu primário. Pesquisa demonstraram que indivíduo que iniciam o tratamento sob pressão legal têm resultados tão favoráveis quanto os que iniciam o tratamento voluntariamente. O sistema judiciário criminal insere detento no tratamento através de vários mecanismos, tais como : levar criminosos não-violentos para tratamento; estipular tratamento como pré-requisito para liberdade condicional ou libertação antes do julgamento, e formar tribunais especializados que lidem com casos envolvendo drogas. Tais tribunais são um outro tipo que se dedicam a envolvidos com drogas. Eles determinam e providenciam tratamento como uma alternativa ao encarceramento, monitoram Ativamente o progresso do tratamento e providenciam outros serviços a criminosos envolvidos com drogas. Os modelos mais eficazes integram justiça criminal com serviços e sistemas de tratamento de drogas. O pessoal do tratamento e da justiça criminal trabalham juntos em planos e implementação de triagem, colocação, teste, monitoramento e supervisão, bem como no uso sistemático de sanções e recompensas para usuários de drogas no sistema judiciário criminal. O tratamento para encarcerados deve incluir cuidado contínuo, monitoramento e supervisão após e durante libertação. Como o tratamento em drogas pode ajudar a reduzir a proliferação de HIV/AIDS e outras doenças infecciosas ? Vários dependentes em drogas, tais como heroína ou cocaína e particularmente drogas injetáveis, aumentam o risco de contágio com o vírus HIV bem como outras doenças infecciosas como hepatite, tuberculose e infecções sexualmente transmitidas. Para esses indivíduos e a comunidade o tratamento da droga é uma prevenção a doenças. Injetores de drogas que não iniciam o tratamento estão até seis vezes mais suscetíveis a serem infectados com HIV do que os que iniciam e permanecem no tratamento. Usuários de drogas que entram e continuam no tratamento reduzem atividades que podem espalhar a doença, tais como compartilhar injeção e envolver-se em atividade sexual sem proteção. A participação no tratamento também apresenta oportunidades para triagem, aconselhamento e serviços adicionais. Os melhores programas de tratamento de abuso de droga proporcionam aconselhamento sobre HIV e oferecem teste de HIV aos seus pacientes. Onde os 12 passos ou programas de auto-ajuda se encaixam no tratamento de drogas ? Grupos de auto-ajuda podem complementar e estender os efeitos do tratamento profissional. Os Grupos mais proeminentes são os afiliados aos Alcoólicos Anônimos, Narcóticos Anônimos e Cocaína Anônimos, todos com base nos 12 passos.

Como podem as famílias e amigos fazer diferença na vida de alguém que precisa de tratamento ?
A família e os amigos podem ter papéis fundamentais na motivação de indivíduos com problemas de drogas para entrar e permanecer no tratamento. A terapia familiar é importante, especialmente para adolescentes. O envolvimento de um membro da família no programa de tratamento de um indivíduo podem fortalecer e ampliar os benefícios do programa.

OS 13 PRINCÍPIOS NIDA PARA TRAT. DEP. QUÍMICA

A Dependência Química é uma doença complexa. É caracterizado por busca compulsiva e algumas vezes incontrolável e uso que persiste mesmo diante de conseqüências extremamente negativas. Para muitas pessoas a dependência se torna crônica com possíveis recorrências mesmo após longos períodos de abstinência. O caminho para a dependência das drogas começa com o ato de experimentar drogas. Ao longo do tempo a capacidade de uma pessoa para escolher não experimentar drogas pode ser comprometida. A procura de drogas torna-se compulsiva em grande parte como resultado dos efeitos de uso prolongado no cérebro, e consequentemente no comportamento A compulsão para uso de drogas pode tomar conta da vida de uma pessoa . A dependência freqüentemente envolve não apenas ingestão compulsiva de droga, mas também uma grande escala de comportamentos disfuncionais que possam interferir no andamento normal da família, local de trabalho e comunidade. Pode também colocar as pessoas em risco crescente de contágio de muitas outras doenças. Elas podem ser causadas por comportamentos, tais como condições precárias de moradia e saúde que comumente acompanham a vida de um dependente, ou devido aos efeitos tóxicos das drogas. Pelo fato de que a dependência tem tantas dimensões e atrapalha tantos aspectos da vida de um indivíduo, o tratamento para tal doença nunca é simples. Deve ajudar o indivíduo a parar de usar drogas e a manter um estilo de vida livre de drogas enquanto adquire um andamento produtivo em família, no trabalho e em sociedade. Um programa de tratamento eficaz geralmente tem vários componentes, cada um direcionado para aspecto particular da doença e suas conseqüências. Três décadas de pesquisas científica e prática clínica produziram uma variedade de métodos eficaz para tratamento de uso de drogas. Dados documentam que tratamento de drogas é tão eficaz quanto tratamentos da maioria de outras condições médicas crônicas semelhantes. Apesar de evidência científica que mostra a eficácia do tratamento de abuso de drogas, varias pessoas acreditam ser ineficaz. Em parte isso é por causa de expectativas irrealistas. Várias pessoas equiparam a dependência simplesmente ao uso de remédios e por isso esperam que a dependência seja curada rapidamente; e se isso não acontece, o tratamento é um fracasso. Na realidade, por ser uma desordem crônica, a meta final de abstinência por longo prazo freqüentemente requer episódios de tratamento repetidos e mantidos. Logicamente nem todo tratamento de abuso de droga é igualmente eficaz. Pesquisas também têm mostrado um conjunto de princípios exagerados que caracterizam a maior parte dos tratamentos eficazes de abuso em drogas e sua implementação.

PRINCÍPIOS DE TRATAMENTO EFICAZ

PRINCIPIO 1- Um único tratamento não é apropriado para todos os indivíduos. Combinar locais de tratamento, intervenção e serviços para os problemas e necessidades de cada indivíduo em particular é indispensável para o sucesso final ao retornar para o funcionamento produtivo na família, local de trabalho e sociedade.

PRINCIPIO 2 O tratamento precisa estar prontamente disponível. Pelo fato de que os indivíduos dependentes em drogas podem estar duvidosos quanto a iniciarem em tratamento, aproveitar as oportunidades quando eles estão prontos é fundamental. Candidatos potenciais podem ser perdidos se o tratamento não estiver imediatamente acessível.

PRINCIPIO 3 Um tratamento eficaz é aquele que atende às diversas necessidades do indivíduos e não apenas ao uso de drogas. Para ser eficaz, um tratamento deve abordar o uso de drogas do indivíduo e quaisquer outros problemas associados: médico, psicológico, social, vocacional e legal.

PRINCIPIO 4 O tratamento de um indivíduo e o plano de serviços devem ser continuamente avaliados e modificados quando necessário para garantir que o plano atenda às necessidades mutante da pessoa. Um paciente pode precisar de combinações variadas de serviços e componentes de tratamento durante o curso da terapia e recuperação. Além de aconselhamento ou psicoterapia, um paciente às vezes pode requerer medicação, outros serviços médicos, terapia familiar, instruções aos pais, reabilitação vocacional, serviços legais e sociais. É fundamental que a abordagem do tratamento seja apropriada à idade, gênero, etnia e cultura do indivíduo.

PRINCIPIO 5 A permanência no tratamento por um período adequado de tempo é essencial para sua eficácia.
A duração apropriada para um indivíduo depende de seus problemas e necessidades. Pesquisas indicam que para a maioria dos pacientes o limiar de melhoria significativa é alcançada com 3 meses de tratamento. Após alcançar esse limiar um tratamento adicional pode produzir mais progresso rumo à recuperação. Devido ao fato de as pessoas com freqüência deixarem o tratamento prematuramente os programas devem incluir estratégias para envolver e manter os pacientes.

PRINCIPIO 6 Aconselhamento (individual e / ou em grupo) e outras terapias comportamentais são componentes cruciais para um tratamento eficaz. Em terapia os pacientes mencionam temas como motivação, aquisição de habilidades para resistir ao uso de drogas, substituição de atividades que não impliquem em uso de drogas e melhoria de habilidades para resolver problemas. A terapia comportamental também facilita relações interpessoais e a habilidade do indivíduo para atuar em família e na comunidade .

PRINCIPIO 7 Medicações são um elemento importante no tratamento de vários pacientes, especialmente quando combinadas com aconselhamento e outras terapias comportamentais. Naltrexona é uma medicação eficaz para alguns pacientes com dependência de álcool. Para pessoas dependentes de nicotina, um produto de substituição da nicotina ( tais como adesivos ou gomas ) ou uma medicação oral ( bupropion ) pode ser um componente eficaz no tratamento. Para pacientes com distúrbios mentais, tanto os tratamentos comportamentais quanto os medicamentos podem ser de fundamental importância.

PRINCIPIO 8 Indivíduos com distúrbios mentais que sejam dependentes das drogas devem ser tratados de maneira integrada de ambos os problemas. Pelo fato de distúrbios mentais e de dependencia freqüentemente ocorrerem no mesmo indivíduo, os pacientes que apresentarem ambas as condições devem ser avaliados e tratados pela recorrência de outro tipo de distúrbio.

PRINCIPIO 9 Desintoxicação médica é apenas o primeiro estágio do tratamento e por si mesma contribui pouco para mudança a longo prazo de uso de droga. Desintoxicação médica seguramente administra os sintomas físicos agudos de abstinência associada à interrupção de uso de droga. Enquanto a desintoxicação sozinha é raramente suficiente para auxiliar atingir abstinência por longos períodos, para alguns indivíduos é um precursor fortemente indicado em tratamento eficaz das drogas.

PRINCIPIO 10 O tratamento não precisa ser voluntário para ser eficaz. Uma forte motivação pode facilitar o processo do tratamento. Sanções ou carinho na família, estabelecimento de emprego ou o sistema criminal de justiça podem aumentar significativamente tanto a entrada no tratamento quanto índices de retenção e o sucesso de intervenções no tratamento de droga. Pode-se inclusive recorrer a internações involuntárias para forçar o paciente a se tratar. Para isso é necessário uma indicação médica precisa.

PRINCIPIO 11 O possível uso de droga durante o tratamento deve ser monitorado continuamente. Lapsos de uso de uso de drogas podem ocorrer durante o tratamento. O objetivo do monitoramento ao uso de álcool e droga de um paciente durante o tratamento, tal como através de exames de urina ou outros, pode ajudar o paciente a resistir ao uso de drogas. Tal monitoramento também pode proporcionar evidência prévia de uso de droga a fim de que o plano de tratamento do indivíduo possa ser ajustado. Feedback a pacientes que apresentarem resultado positivo quanto ao uso de droga é um elemento importante de monitoramento.

PRINCIPIO 12 Programas de Tratamento devem proporcionar avaliação para AIDS/ HIV, Hepatite B e C, Tuberculose e outras doenças infecciosas e Aconselhamento para ajudar pacientes a modificarem comportamentos de risco de infecção. Aconselhamento pode ajudar pacientes a evitarem comportamento de risco. Pode também ajudar pessoas que já estejam infectadas a lidarem com sua doença. Aconselhamento pode ajudar pacientes a evitarem comportamento de risco. Pode também ajudar pessoas que já estejam infectadas a lidarem com sua doença.

PRINCIPIO 13 A recuperação da Dependência Química pode ser um processo a longo prazo e freqüentemente requer vários episódios de tratamento. Tal como outras doenças crônicas, recorrências ao uso, de drogas podem acontecer durante ou após episódios de tratamento bem sucedidos. Indivíduos podem requerer tratamento prolongado e vários episódios de tratamento para atingir abstinência a longo prazo e restaurar funcionamento pleno. A participação em programas de apoio, de auto-ajuda, durante o tratamento é sempre útil na manutenção da abstinência.

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Avanços Científicos e a Dependência Química

Diretora de instituto sobre abuso de drogas dos EUA apresentou palestra na tarde de ontem, em São Paulo
A dependência química é uma doença crônica que afeta o funcionamento do cérebro. Essa é a premissa básica apresentada pela psiquiatra Nora Volkow, diretora do Nida (Instituto Nacional sobre Abusos de Drogas, na sigla em inglês), em palestra realizada na tarde de ontem, no auditório da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

No início da atividade, a especialista de origem mexicana radicada nos EUA explicou que o consumo seguido de substâncias psicoativas produz no cérebro um efeito semelhante ao que acontece no coração de pessoas com problemas cardíacos. Através de exames que mapeiam a atividade cerebral, pesquisadores descobriram que a dependência química reduz o metabolismo em áreas como o córtex orbitofrontal.

A palestrante explicou como funciona esse mecanismo. “Essa área também é afetada no transtorno obsessivo-compulsivo. É a região do cérebro que nos permite mudar o comportamento de acordo com a necessidade. Por isso algumas pessoas dizem que não se tem mais prazer com o uso da droga, mas mesmo assim não conseguem parar”.

A abordagem foi destacada pelo secretário do Departamento de Dependência Química da ABP, Marcos Bessa. “Acho que este foi um ponto importante da palestra: a visão do conhecimento neurocientífico sobre a dependência como doença crônica cerebral. No Brasil, ainda predomina a idéia de que se trata de algo ligado ao caráter ou um problema de ordem moral”, comentou.

Desenvolvimento
Nora também destacou que esses efeitos podem ser potencializados nos casos em que o uso de drogas acontece durante o desenvolvimento cerebral. “As pesquisas mostram que o vício em maconha é mais comum dos 17 aos 22 anos. Durante a juventude, a habilidade do cérebro se adaptar de acordo com os estímulos ambientais é maior, pois as conexões entre o córtex orbitofrontal e a amígdala não estão totalmente desenvolvidas”.

Assim, o desenvolvimento da doença depende da interação entre aspectos genéticos e ambientais. Ambos os fatores podem estimular ou diminuir a ação dos receptores dopaminérgicos, que funcionam como um “protetor biológico” contra o vício. “Como sabemos que estressores sociais afetam esses receptores, podemos desenvolver estratégias de prevenção para os adolescentes socialmente vulneráveis”, declarou a palestrante.

Tratamento
Sobre o trabalho de recuperação para os dependentes, Nora explicou que a compreensão da dependência como doença crônica deve orientar a terapêutica para o longo prazo. “O fato de termos recaídas durante e após o tratamento não significa que ele não funciona. Pelo contrário, assim como na hipertensão, a dependência exige cuidado contínuo”. Segundo ela, com base no mecanismo cerebral responsável pela dependência, a intervenção deve ser direcionada para restaurar as conexões cerebrais afetadas.

terça-feira, 15 de junho de 2010

É Possível Mudar?

É Possível Mudar?

Muitas vezes escutamos falar, em linguagem popular, de “personalidade” fazendo referência a uma realidade herdada que não muda e que é permanente. Atribui-se a essa “personalidade” o tipo de comportamento de cada pessoa. Mas, na verdade, a realidade é bem diferente, pois o termo personalidade nada mais é do que uma palavra que descreve um conjunto de condutas habituais numa pessoa.

É assim como utilizando o termo personalidade para explicar tudo, finalmente não conseguimos explicar nada.

Geralmente ficamos pensando por que uma pessoa é extrovertida ou tímida e a resposta mais comum é: “Porque a sua personalidade é assim”. Esse tipo de resposta é semelhante a dizer: P: “Por que fulano é tão veloz correndo?”

R: Porque ele é rápido.

O verdadeiro motivo de ser veloz não deveria ser procurado na suposta rapidez, mas no tipo de musculação, alimentação, tempo de treinamento, etc.

Esse exemplo ajuda a compreender que a mesma coisa acontece com conceitos psicológicos tais como extroversão, introversão, timidez, agressividade, etc, pois esses termos não explicam coisa nenhuma. A verdadeira origem de todo comportamento reside no aprendizado que a pessoa realizou durante toda a sua vida.

A realidade é que os comportamentos são aprendidos através de diferentes mecanismos e quando examinamos condutas, a herança genética não é a de maior peso.


Todos os comportamentos, pelo fato de serem aprendidos, podem ser modificados e melhorados. Inclusive, apesar de que uma conduta ser muito enraizada, sempre poderá ser mudada.

Grande parte do nosso comportamento está voltado ao relacionamento que estabelecemos com as outras pessoas e, nessa inter-relação, podemos nos apresentar de 3 maneiras:

- PASSIVOS: via de regra, a pessoa passiva, cala ou dissimula as suas próprias idéias através de diferentes meios. Se nos considerarmos inferiores aos outros e antepomos os seus desejos e preferências aos nossos, certamente não diremos aquilo que pensamos.

- AGRESSIVOS: quando consideramos que os outros estão num nível inferior ao nosso; que os seus desejos ou os seus direitos não valem muito confrontados aos nossos e que, mais do que nada devemos impor a nossa opinião, agimos de maneira agressiva.

Entre esses dois modos de inter-relação com as pessoas (passiva e agressiva) existe um terceiro modo que seria o adequado. Denomina-se ASSERTIVO.

-ASSERTIVO: quando interagimos com os outros num nível de igualdade, permanentemente levamos em consideração os nossos direitos, bem como os direitos das outras pessoas. É nesse momento no qual estamos sendo ASSERTIVOS, ou seja, manifestamos como nós somos em verdade, podemos dizer as coisas de modo adaptativo, segundo os nossos direitos, mas sem agredir ninguém, com um tom de voz, posição e olhar adequados.

Seja qual for o nosso estilo de conduta, como já dissemos, sempre poderá ser modificado. Para melhorarmos, devemos levar totalmente a sério esse objetivo e estarmos dispostos a assumirmos riscos.

Para Ser Uma Pessoa Mais Assertiva é Necessário:

-O desejo real de mudar
-A vontade de aceitar certos riscos
- Aprender a avaliar-se com a mesma escala que usa para avaliar as outras pessoas. (positivamente)
- Aceitar que todos erramos muitas vezes.
- Compreender que não existe uma resposta exata, precisa e perfeita para cada situação.
- Não exigir soluções mágicas aos problemas.
- Aceitar que a mudança não ocorrerá de improviso.
- Projetar metas e objetivos modestos e razoáveis.
- Aceitar que a aquisição de novas condutas requer de esforço e prática.

Finalmente, devo dizer que se você realmente está interessado em produzir uma mudança na sua conduta ou comportamento, você começou a dar os primeiros passos:

O primeiro: ser cônscio de sua forma habitual de comportamento (passivo – agressivo - assertivo)

O segundo: reconhecer os principais direitos que você deve outorgar a si próprio e aos outros.

O terceiro: aprofundar o modo de compreender como os seus pensamentos e crenças influem nos seus sentimentos e como, a partir deles, surge a sua conduta.

Finalmente, e como último ponto, se você conseguir mudar, será necessário testar as novas capacidades de conduta todas as vezes que for necessário.

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

CO-DEPENDÊNCIA

  • O CO-DEPENDENTE É AQUELE QUE SE DEIXA INFLUENCIAR PELO COMPORTAMENTO DE OUTRA PESSOA E QUE VIVE OBCECADO EM CONTROLAR O COMPORTAMENTO DESSE OUTRO.
  • PESSOAS CUJAS VIDAS FORAM AFETADAS PELO ENVOLVIMENTO COM DEPENDENTE QUÍMICO. O CO-DEPENDENTE; FILHO, CÔNJUGE OU AMANTE DE UM DEPENDENTE, DESENVOLVE UM PADRÃO DOENTIO DE LIDAR COM A VIDA, UMA REAÇÃO AO USO DE ÁLCOOL OU DROGAS PRATICADO POR OUTRA PESSOA.

Compulsivamente quer ajudar á todos, no que se refere as pessoas que lhe são próximas, torna-se obcecado em controlá-las, em mudá-las, deixando que sua vida seja afetada pelo comportamento do outro.

Dependentes químicos em processo de recuperação, podem perceber-se co-dependentes, os sinais talvez já estivessem presentes em suas vidas antes de se tornarem dependentes.

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

A CAMINHADA

Quando você aceita o desafio difícil de que perdeu,você cresce. Algo fácil não é necessariamente bom, não força qualquer mudança em você. Permite que você seja como você é, mas então isso é sem sentido. Todo o sentido está em criar algo em você, maior do que você é; que confie, que ajude você á ir um pouco além de sí mesmo. Uma coisa é fácil quando ela se ajusta a você. Uma coisa é difícil quando você tem que se ajustar a ela. Assim, lembre-se sempre de que o caminho é árduo. Não existem atalhos. Todo mundo chega por um caminho árduo. Quando alguma coisa se torna muito fácil, procure por algo árduo novamente. Caso contrário, você viverá convenientemente, morrerá convenientemente, mas nada terá acontecido. Siga buscando por novos desafios. Siga olhando mais alto. Mesmo que pareça impossível de ser alcançado, isso ajudará você a crescer ainda mais.
Este caminho é com certeza o caminho de volta do inferno. O caminho de volta das trevas, para o encontro da luz, onde as drogas não tem mais espaço. Agora você está livre, pronto para recomeçar, para viver a vida como ela é, abençoada.

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

DIÁRIO DE UM DEPENDENTE DE DROGAS

Era 1/2 dia de dois dias e 1/2 onde ele estava sem dormir, sem se alimentar, se se comunicar, apenas estava a se drogar. O olhar era fundo, apagado, a cor pálida, esverdeada, embassada, os lábios esbranquissados de saliva velha, grudada. As roupas imundas, endurecidas de tanto andar de lá pra cá, de cá pra lá, subia, descia, virava a esquina, se virava pela próxima dose.
Já sem dinheiro, sem medo, sem amigos, dignidade, amor próprio, sem a vergonha, mas derepente sentiu a dor, dor na alma, dor da solidão, dor do vazio de não existir, de sobreviver, dor da escuridão. Atormentado, sem direção, pôs-se a chorar copiosamente. Neste momento algo diferente aconteceu; ele adormeceu!!!
Acordou três dias depois, ainda zonzo, acabado, meio que entorpecido pelo efeito das drogas que havia usado. Foi até o espelho e não conseguiu se olhar, sentiu medo, angústia, pânico, depressão e pensou como me livrar dessa sensação horrorosa? Ou começo tudo de novo, uso drogas outra vez e me acabo mais e mais ou ... Lembrou- DEUS, ME AJUDE! E não foi usar, foi se recuparar.
Esta é a história de um dependente químico que hoje está em recuperação, desde o dia em que pediu ajuda até o dia de hoje.
Existe tratamento e recuperação para o dependente de substâncias psicoativas, basta o desejo de quere parar de usar. PROCURE AJUDA ESPECIALIZADA!!!!

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

DROGADEPENDÊNCIA

DEPENDÊNCIA DE DROGAS
DEPENDÊNCIA QUÍMICA DOENÇA RECONHECIDA PELA ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE PELO CID: 10

Dependência de substâncias é o uso mal adaptativo de substâncias, levando o indivíduo a prejuízos físicos, emocionais, psicológicos e a danos cerebrais. Leva ao sofrimento clinicamente significativo, pois a necessidade do aumento da quantidade é progressivamente aumentado para conseguir a intoxicação, o efeito desejado. Acentua-se a redução do efeito com o uso da mesma quantidade. Acontece sinais de síndrome de abstinência, quando o indivíduo para de usar por um período, o organismo ressente e de alguma forma clama pela substância, neste caso o dependente apresenta mal-estar, irritabilidade, insônia, sudorese e outros sintomas dependendo da substância a qual utilizava. O tempo do indivíduo é totalmente voltado para obtenção da substância, em seu uso ou na recuperação de seus efeitos. Enfim vive para usar e usa para viver. SE ESTE É SEU CASO OU CASO DE ALGUÉM QUE CONHEÇA, PROCURE AJUDA!!!