sábado, 2 de outubro de 2010

SÍNDROME DE ABSTINÊNCIA TARDIA OU DEMORADA (SAD)

Quadros clínicos conhecidos como Síndrome de Abstinência Protraída ou Tardia são freqüentemente encontrados entre alguns dependentes de substâncias psicoativas, como opióides, álcool, benzodiazepínicos, cocaína.
Na Síndrome de Abstinência Protraída de Cocaína, sintomas caracterizados por *anedonia, humor deprimido, ansiedade e principalmente fissura são muito amiúde reportados. 

Esses sintomas estão significativamente associados com as recaídas.

De fato, as contínuas modificações do metabolismo em diferentes regiões do cérebro, durante o período de abstinência de cocaína, podem ser responsáveis por diferentes sintomas físicos e psicológicos. Realmente, durante a abstinência da cocaína, crack, alterações da atividade metabólica no córtex pré-frontal, particularmente no hemisfério cerebral esquerdo, acompanhadas por alterações do fluxo sanguíneo cerebral, têm sido observadas, o que perdura por cerca de 3 a 6 meses, ou às vezes, mais tempo.

Apesar dos sintomas de abstinência protraída consistirem em um fato amplamente verificado em amostras de dependentes de cocaína; existem outros sintomas que podem estar relacionados a outros problemas físicos e/ou psiquiátricos. 

Além disso, o consumo dessa substância pode provocar/induzir transtornos em vários sistemas orgânicos. 

*Anedonia: 1 incapacidade de ter prazer ou divertir-se; 2 forma especial de rigidez afetiva em conseqüência de experiências traumáticas de vida.

Oito passos para cessar o sofrimento.

“A felicidade não é algo ligado ao ter, mas ao fazer. Ela não é um humor ou estado de ânimo, por mais exaltados e duradouros que sejam, mas o resultado de uma vida bem conduzida, ou seja, das escolhas e valores que definem o nosso percurso. A felicidade, em suma, jamais será um estado final que se possa adquirir e dele tomar posse de uma vez por todas. Ela é uma atividade - algo que se cultiva e constrói, algo que, por alguns momentos, se conquista e se desfruta, que é fonte de contentamento, mas que está sempre a exigir de nós empenho e amor, sempre recomeçando outra vez”. Eduardo Giannetti da Fonseca (filósofo)
Continuando o texto anterior Filosofia budista ensina e ajuda a lidar com o sofrimento (clique aqui para ler), vamos contemplar os ensinamentos sobre o Óctuplo Caminho que conduz à Cessação do Sofrimento e Tristeza.

O primeiro passo é o Entendimento correto, também chamado de Fé correta.

É compreender ensinamentos como a Lei de Causa e Efeito: colhemos o que plantamos em pensamentos, palavras e ações.

Precisamos entender que o objetivo da vida é progredir, se aperfeiçoar progressivamente pela reta conduta, através de muitas vidas.(ou se não acredita em outras vidas, aprender com suas ações passadas nesta própria vida).

Entender que existe uma Lei de Justiça sob a qual todas as coisas atuam.

Se a pessoa vive na ilusão que pode fazer tudo quanto lhe agrade e, que nunca recairão nela as consequências de seus atos, um dia perceberá que alguns atos errôneos lhe trarão infelicidade e sofrimento.

A Fé correta refere-se à sabedoria e compreensão das Quatro Nobres Verdades.

Não é ter uma fé cega, e sim uma fé alicerçada nos estudos das escrituras e na própria vivência.

A fé, segundo essa psicologia budista, é o primeiro entre os Onze Fatores Mentais Virtuosos que são:

1. Fé
2. Sentido do que é correto
3. Consideração pelos outros
4. Desapego
5. Não raiva
6. Não confusão
7. Perseverança entusiástica
8. Flexibilidade
9. Retidão mental
10. Não violência
11. Equanimidade

São atitudes que nos levam a manter a mente num estado positivo e a evoluir espiritualmente.

Existem momentos que nossa fé é testada. Momentos de dor, de perdas, de incerteza, de dúvidas que diminuem nossa fé. Nossa energia vital diminui, não conseguimos praticar meditação ou ter pensamentos positivos de autocura.

Porém, esses são momentos certos para continuarmos nossas práticas espirituais mesmo sem colher resultados imediatos. Ter fé é confiar que estamos criando causas positivas cultivando virtudes e que, portanto, teremos um resultado positivo. É preciso fortalecer essa fé que desperta o desejo de praticar e o autoesforço que nos ajudará a vencer.

Precisamos aprender com o sofrimento, desenvolvendo força interior, humildade e paciência.

Segundo passo: Pensamento correto também chamado de Intenção correta.

Pensar no bem e não no mal. Reservar em nossa mente pensamentos bons, compassivos e positivos. Não preencher a mente apenas de pensamentos egoístas, fúteis e de nossas atividades diárias.

Desenvolver autodomínio sobre a mente, ter discernimento e se libertar das dúvidas.

Procurar ver o bem nas outras pessoas, sem fixar em seus defeitos. Se fixarmos a atenção apenas nos defeitos, intensificamos suas más qualidades. E, se procuramos descobrir pelo menos uma boa qualidade, intensificamos o aspecto harmonioso que elas possuem.

Terceiro Passo: A fala correta. Ela surge dos pensamentos corretos.

Desenvolver a disciplina na fala, usando palavras positivas, falando de coisas boas, evitando falar das faltas das outras pessoas. Não mentir, não caluniar, não fazer fofocas.

Compreender que mesmo que seja verdade algo de ruim que nos contaram sobre alguém, não estaremos ajudando em nada divulgando isso. O melhor é nos calar. E, como disse o espírito de Emanuel: “Se não puder elogiar, cale-se”.

Entender e praticar esse sábio ensinamento: Falar dos outros como queremos que eles falem de nós. Usar nossa fala para criar harmonia e ajudar.

Às vezes, quando uma pessoa está nervosa e sofrendo, ela usa a fala como arma de defesa. Sua agressividade aumenta e diz palavras ásperas que magoam o outro. Na verdade, ela está pedindo ajuda, mas agindo assim ela se torna destrutiva, cria conflitos e desarmonia.

Já passei por essa experiência. Certo dia, uma pessoa muito amiga, falou comigo de maneira áspera, me depreciando. Imediatamente compreendi que ela não estava bem. E, lhe perguntei: “Você está bem? Está sofrendo?” E, logo ela se desarmou, desabafou dizendo que estava sentindo muita dor física e ansiedade.

Assim, em vez de ficar magoada, sofrendo com meu ego, eu transcendi e procurei ajudá-la, buscando uma solução e lhe apoiando.

Mas alcançar esse entendimento e transcender o ego é uma conquista de anos e anos de prática de meditação, de autoconhecimento, de autoaperfeiçoamento. Não é apenas um conhecimento intelectual, mas algo que tenho buscado alcançar, me libertar do ego negativo com todas suas amarras e armadilhas como a raiva, mágoas, preocupação com que os outros falam ou pensam de mim.

Quarto passo: A ação correta - Surge do pensamento correto, da intenção correta.

Não matar, não roubar, não prejudicar os outros. Libertar-se do egoísmo, oferecer ajuda material, apoio, amor, compreensão e proteção. Ser honesto e verdadeiro.

É seguir o dharma, palavra em sânscrito que significa: o que nos sustenta e apoia. Dharma é o correto pensamento, a correta palavra e a correta ação.

É seguir a lei máxima do dharma: “Faça aos outros o que gostaria que fizessem para você”.

Quinto passo: O modo de vida correto - Ter uma profissão que não prejudique a ninguém e cumprir essa profissão com lealdade e honestidade, agindo da melhor maneira possível.

Expressar em nossos hábitos cotidianos nossa consciência de respeito pelo outro e pelo meio ambiente, buscando uma melhor qualidade de vida para todos.

Sexto passo: O esforço correto - É desenvolver a positiva prática do bem. Como disse o Senhor Buda: “Cessai de praticar o mal. E a seguir, ele acrescentou:” Aprendei a praticar o bem”.

Não basta ter boas intenções precisamos concretizá-las em ação. Ter esforço constante para criar benefícios e evitar o que traz prejuízos.

Se não temos condições de ajudar, pelo menos vamos nos abster de ações que causem danos para nós ou para os outros.

É bom cuidar do que falamos e fazemos em nossa família e em nosso trabalho, pois, muitas vezes, nosso exemplo é imitado pelos filhos, parentes e funcionários.

Desenvolver perseverança para concretizar nossos ideais e metas. Como disse o mestre Lama Gangchen:” Para fazermos coisas negativas não temos preguiça, mas para realizarmos as positivas precisamos de muita força de vontade.”

Precisamos ter discernimento para reservar nossas energias físicas e mentais para nosso trabalho diário sem nos desgastar sem necessidade.

Cuidar da saúde, praticando hatha yoga, alongamentos, fazer caminhadas ou outra atividade física. Alimentar-se com discernimento e sabedoria, evitando apenas comer por prazer, mas buscando o prazer benéfico que traz saúde e bem-estar. Leia o texto Você cuida de seu corpo da mesma forma que cuida de sua casa?

7. A concentração correta - Ficar focados em nossos princípios, resoluções e propósitos.

Ter vigilância sobre nossa mente e observar quando temos emoções negativas. Em vez de nos apegarmos ou identificarmos com os pensamentos, perceber que são transitórios e deixá-los ir embora, sem reagir a eles.

Compreender que só podemos sentir o que pensamos e que temos escolhas. Podemos pensar de maneira positiva o que desejamos para nós. Parar de pensar o que não queremos para nós. Não criar pensamentos negativos para o futuro e assim, evitar sofrer inutilmente.

Em momentos de crise, compreender a impermanência da própria crise. Tudo passa. Tudo é impermanente.

Ter concentração é estar presente na ação, no momento presente. É agir de maneira relaxada e, ao mesmo tempo, com atenção. Sem tensão e eficiência.

8. A meditação correta - Priorizar momentos diários para meditar, para manter a mente calma e concentrada, sem tensões, sem ansiedade.

Com a disciplina regular da meditação, permitimos a manifestação da sabedoria a partir da qual surgem os pensamentos e ações corretas - clique aqui para aprender a meditar.

Com a prática da meditação, purificamos a mente de seus hábitos negativos. Vamos conseguindo dissolver medos, inquietude, insônia, depressão. Aprendemos que ser feliz é saber não sofrer desnecessariamente.

Contemple sobre essas palavras do filósofo Eduardo Giannetti da Fonseca, em seu livro Felicidade: “A felicidade não é algo ligado ao ter, mas ao fazer. Ela não é um humor ou estado de ânimo, por mais exaltados e duradouros que sejam, mas o resultado de uma vida bem conduzida, ou seja, das escolhas e valores que definem o nosso percurso. A felicidade, em suma, jamais será um estado final que se possa adquirir e dele tomar posse de uma vez por todas. Ela é uma atividade - algo que se cultiva e constrói, algo que, por alguns momentos, se conquista e se desfruta, que é fonte de contentamento, mas que está sempre a exigir de nós empenho e amor, sempre recomeçando outra vez”.

É importante não buscar a felicidade somente nas condições externas, nos prazeres físicos e estados emocionais. Mas vivenciar estados positivos, pacíficos, de apaziguamento que vem de nosso espaço interno. Voltar-se para dentro para sentir a paz do Ser interior, de onde emana leveza, confiança e bem-estar.

Namaste! Deus em mim saúda Deus em você! Fique em paz!

TERAPIA COGNITIVA COMPORTAMENTAL, O QUE É ISSO?

Jeffrey Young,criador da TCC, desenvolveu um tipo de terapia dentro do modelo cognitivo-comportamental, para pessoas com transtornos de personalidade (ex. borderline, narcisista, antissocial, obsessivo-compulsivo, etc,esse tipo de transtorno possuem traços de personalidade muito inflexíveis e mal ajustados à sociedade; possuem pouca aderência e motivação para terapia.

Para Young, nessa terapia é “fundamental encontrar os motivos das dificuldades hoje sentidas pelo cliente, avaliar todos os esquemas e paradigmas criados na sua mente e analisar o que foi por ele construído, para que esses esquemas pudessem ganhar força e forma”. Após esse levantamento, passa-se a intervenção mais consistentemente.

Um dos pontos de intervenção que diferem em grande nível da TCC tradicional, é a busca desenvolvimento dessa terapia, da conexão do paciente com suas emoções ou conteúdos emocionais “adormecidos”. Young postula que desviar a atenção ou evitar as experiências de vida que possam trazer ou repercutir em emoções negativas, impede que a pessoa combata a validade das suas crenças, fazendo com que os esquemas mentais e emocionais não sejam trazidos à superfície e, deste modo, não recebam tratamento.

Muitas vezes, é dessa maneira que as psicopatologias são construídas, ou seja, através desses círculos viciosos. Young também coloca uma importante ênfase no relacionamento terapêutico, tornando esse parte fundamental da mudança no processo. Em uma entrevista, Young disse: “Eu acredito que a forma de mudar os esquemas é trabalhando diretamente com a relação terapêutica, através de uma experiência emocional corretiva, o que significa que o terapeuta vai criar uma nova experiência para o cliente na relação terapêutica e que isso vai mudar a forma como o paciente se relaciona com as pessoas em geral. Assim, quando os pacientes saem da terapia, eles se relacionam melhor com as pessoas. (...)
A terapia é um instrumento para dar ao paciente novas experiências que combatam os seus esquemas iniciais. Se você tem um esquema de que as pessoas vão mentir para você, trair você, e você tem uma relação terapêutica em que o terapeuta lhe diz diretamente o que ele sente, é honesto com você, você tem uma nova experiência agora, e isso muda seu esquema.”

Desse modo, o terapeuta não só interpreta, analisa ou explica as necessidades do paciente, mas também as supre. Isso é o que ele denomina de “reparentamento limitado”, ou seja, o psicoterapeuta supre as necessidades do paciente, não atendidas na infância, dentro dos limites da terapia. Essa nova possibilidade de relacionamento faz com que o paciente sinta as coisas de uma maneira diferente, o que permite que a mudança seja mais profunda do que se ele refletisse ou examinasse esse conteúdo.

A Terapia do Esquema tem uma trajetória longa e árdua e, envolve a mudança comportamental, à medida que os pacientes aprendem a substituir estilos de enfrentamento desadaptativos por padrões comportamentais adaptativos. No entanto, os esquemas nunca desaparecem por completo, apenas ativam-se com menor frequência e o sentimento associado não é tão intenso. Os pacientes têm então uma visão mais positiva de si mesmos, escolhem relacionamentos mais amorosos e respondem à ativação de seus esquemas de forma mais saudável através da consciência psicológica dos mesmos.

QUANDO INTERNAR UM DEPENDENTE QUÍMICO?

Quando internar?

No entanto, a internação de alguns pacientes em clínicas especializadas pode ser necessária em várias situações, tais como:

a) Risco de suicídio ou homicídio;

b) Falha completa na manutenção de abstinência durante o tratamento ambulatorial;

c) Graves complicações aos diversos sistemas orgânicos (cardíaco, sistema nervoso central, etc.);

d) Síndromes de abstinência complicadas;

e) Estados psicóticos graves;

f) Falha completa de suporte social, com conseqüente exposição social;

g) “Overdoses” acidentais ou suicidas;

h) Pacientes que necessitam de um ambiente muito estruturado para modificar o estilo de vida.

QUANDO INTERNAR UM DEPENDENTE QUÍMICO?

Quando internar?

No entanto, a internação de alguns pacientes em clínicas especializadas pode ser necessária em várias situações, tais como:

a) Risco de suicídio ou homicídio;

b) Falha completa na manutenção de abstinência durante o tratamento ambulatorial;

c) Graves complicações aos diversos sistemas orgânicos (cardíaco, sistema nervoso central, etc.);

d) Síndromes de abstinência complicadas;

e) Estados psicóticos graves;

f) Falha completa de suporte social, com conseqüente exposição social;

g) “Overdoses” acidentais ou suicidas;

h) Pacientes que necessitam de um ambiente muito estruturado para modificar o estilo de vida.

CODEPENDÊNCIA, COMO LIDAR COM O DEPENDENTE QUÍMICO?

17 procedimentos para o familiar lidar com o dependente químico

1) Você não é responsável pela dependência do seu familiar. Você não a causou, você não pode controlá-la e você não pode curá-la sozinho;

2) Apesar de você não ser o responsável pela dependência do seu familiar, você é responsável pelo seu próprio comportamento. Você tem a escolha de ajudar o seu familiar a evitar o consumo de substâncias, através do adequado estabelecimento de limites, acolhimento, orientações e tratamento;

3) A dependência do seu familiar não é um sinal de fraqueza da sua família. Infelizmente, isso pode ocorrer em qualquer família, como quaisquer outras doenças;

4) Não ameace, acuse, moralize os erros passados do seu familiar dependente. Isso apenas tornará você o foco da raiva e frustrações do seu familiar dependente; além disso, não ajudará o mesmo a modificar o seu comportamento;

5) No entanto, não mascare, desculpe ou proteja o dependente das conseqüências naturais do seu comportamento. Fazendo isso, você se torna “cúmplice” na perpetuação dos comportamentos irresponsáveis ou inadequados do adicto;

6) Não tente encontrar fatos no passado do dependente, como traumas infantis, estresse no trabalho, problemas conjugais, para justificar o problema com as drogas. Isso somente promoverá a chancela ao indivíduo dependente para a manutenção do uso das substâncias;

7) Não faça “jogos de culpa” para o indivíduo dependente. Por exemplo, dizer que “se você realmente gostasse de mim, você pararia de usar drogas” realmente não funciona. Culpa não funciona;

8) Não use ameaças como forma de manipulação. Você pode e DEVE estabelecer limites, mas primeiro pense cuidadosamente e, então, esteja preparado para ir adiante. Se você não sabe o que dizer, é melhor não dizer nada;

9) Não permita que o individuo dependente “explore” você financeiramente ou de qualquer outro modo. Respeite-se;

10) Não ignore formas de manipulação realizadas pelo adicto. Não estabeleça conluio com o indivíduo dependente para manter segredos sobre o consumo de drogas. Isso apenas aumentará a evasão de responsabilidade por parte do adicto;

11) Não se esqueça de procurar e manter o seu próprio tratamento. A co-dependência pode ser, às vezes, devastadora;

12) Não tente proteger o indivíduo dependente de problemas comuns da família;

13) Não promova uma “guerra”, se sinais de recaída estiverem presentes. Também não mantenha silêncio sobre eles. Apenas traga-os à vista calmamente e diretamente, sem acusações;

14) Não espere que o indivíduo dependente em recuperação seja “legal” o tempo todo. Às vezes, ele pode ficar irritado, triste, ou de mau humor, sem que isso esteja relacionado ao uso de drogas;

15) Além do problema relacionado ao uso de drogas pelo familiar dependente, você tem outros problemas para solucionar. Não os deixe de lado;

16) Não se iluda pensando que o individuo dependente está “curado” e nunca mais usará substâncias. A Síndrome de Dependência é uma doença crônica que requer tratamento crônico;

17) Não deixe de focar-se em si mesmo. Utilize o seu sistema de apoio, terapeutas, outros familiares e amigos para possibilitar a sua recuperação enquanto co-dependente.

Recaídas após longas internações. O que fazer?

Recaídas após longas internações. O que fazer?
Resposta: Infelizmente, recaídas após períodos longos de internação ou mesmo depois de várias internações não são incomuns principalmente entre graves dependentes de substâncias psicoativas.

A Síndrome de Dependência de Substâncias, como cocaína/crack, é uma doença crônica e necessita de tratamento e monitoramento contínuos. Mesmo depois de internações, até aquelas por longos períodos, o indivíduo dependente não deve deixar de tratar-se ou mesmo de procurar atendimento especializado, bem como seus familiares.

A internação de forma alguma torna o indivíduo “curado” da síndrome de dependência; a internação é mais uma das formas de tratamento médico para essa grave doença.
Por que internação às vezes não resolve

Muitas vezes, além da Síndrome de Dependência, o indivíduo também é portador de outros transtornos psiquiátricos que também precisam ser adequadamente diagnosticados e tratados. A esta combinação de Síndrome de Dependência e outros transtornos psiquiátricos, dá-se o nome de co-morbidade. Se os outros possíveis problemas não forem corretamente diagnosticados e manejados (quando existem de fato), o tratamento corre o risco de não ser eficiente e as recaídas mais freqüentes.

Além disso, alguns indivíduos dependentes de substâncias, quando recebem alta hospitalar, retornam para o mesmo ambiente, com os mesmos amigos de outrora, com o mesmo funcionamento familiar de antes. Isso é pedir para que as coisas não funcionem.

Às vezes, um indivíduo dependente afirma que continua a usar substâncias porque é, de fato, um “dependente químico”. Ele acaba não assumindo quaisquer responsabilidades por seu comportamento inadequado, atribuindo todo o seu comportamento à doença e à incompetência dos seus médicos ou terapeutas. O indivíduo dependente precisa assumir responsabilidade pelo seu próprio tratamento e comportamento.

Nas situações como as mencionadas na pergunta, o modelo de tratamento ofertado deve ser revisto pelos profissionais de saúde adequadamente especializados na matéria, os familiares devem estar intensamente inseridos em adequado manejo terapêutico, o paciente deve ser reavaliado, também quanto à real motivação em cessar o consumo dessas substâncias.